quarta-feira, 13 de junho de 2007

Saneamento Básico, O Filme



A comunidade da Linha Nova, uma pequena vila de descendentes de colonos italianos na serra gaúcha, reúne-se para tomar providências sobre a construção de uma fossa para o tratamento do esgoto da vila. Uma comissão é escolhida para pleitear a obra junto à sub-prefeitura.

A comissão é recebida pela primeira-secretária do sub-prefeito. Após ouvir a reivindicação, a primeira-secretária reconhece a legitimidade da solicitação mas afirma que a sub-prefeitura não dispõe de verbas para obras de saneamento básico até o final do ano, pelo menos. No entanto, a prefeitura tem quase dez mil em verbas para a produção de um vídeo. A verba veio do governo federal e, se não for gasta, terá que ser devolvida.

Em comum acordo com a primeira-secretária, a comunidade decide fazer um vídeo sobre a obra de canalização do Arroio Cristal. A sub-prefeitura apoia fortemente a idéia da realização do vídeo e da utilização da verba para a obra, que seria um absurdo devolver, mas esclarece que, para requerer a verba, a comunidade deve apresentar um roteiro e um projeto do vídeo, e que a verba era necessariamente para obras de ficção.

Os moradores da Linha Nova passam então a fazer um vídeo de ficção que, segundo interpretações, é um filme de monstro, ambientado nas obras de construção de uma fossa, com o único objetivo de usar a verba para as obras. O que eles não esperavam é que a produção do filme fosse se tornando cada vez mais complexa e interessante.





COLETIVA DE IMPRENSA
SANEAMENTO BÁSICO, O FILME

Em coletiva realizada no dia 05 de agosto no hotel Dall'Onder em Bento Gonçalves, o diretor Jorge Furtado e boa parte do elenco de Saneamento Básico, O Filme falaram para uma platéia de jornalistas de veículos da Serra Gaúcha e da Capital. Com previsão de lançamento para o primeiro semestre de 2007, o filme tem prêmios da Petrobras, do BNDES e investimento da Columbia.... LEIA MAIS





Tarantino's Mind

A mente do Tarantino.
Como esse blog é sobre cinema e cinema também é curta metragem segue um curta muito bom com
Selton Mello e Seu Jorge discutindo sobre como funciona a mente do Tarantino, com as ligações que exitem entre seus roteiros e sua cronologia. !!!
FANTÁSTICO !!!







Cinema, Aspirinas e Urubus


1942. No meio do sertão nordestino, dois homens se encontram: Johann, um alemão que fugiu da guerra, e Ranulpho, um brasileiro que quer escapar da seca que assola a região. Viajando de povoado em povoado, eles exibem filmes para pessoas que jamais haviam conhecido o cinema, para vender um remédio "milagroso". Continuando a cruzar as estradas empoeiradas de um sertão arcaico, eles buscam novos horizontes em suas vidas. Nesta jornada, os dois aprendem a respeitar as diferenças e surge entre eles uma amizade incomum, mas que marcará suas vidas para sempre.

Cinema, Aspirinas e Urubus é o primeiro longa-metragem de Marcelo Gomes. O diretor conta que o argumento do filme surgiu de uma conversa com seu tio-avô Ranulpho Gomes, um paraibano que, nos anos 40, depois de enfrentar secas contínuas, decidiu migrar para o sudeste brasileiro, onde esperava encontrar uma perspectiva de vida melhor.

Em sua jornada, Ranulpho (o personagem do filme) conhece o alemão Johann, que também havia migrado, fugindo de seu país antes mesmo que este fosse consumido pela Segunda Guerra. Johann viaja pelo Brasil como caixeiro viajante, vendendo “a cura para todos os males”, a Aspirina. Em uma de suas viagens pelo sertão nordestino, seu caminho cruza com o de Ranulpho. É deste encontro, desta viagem, compartilhada por estes dois personagens, que nasce Cinema, Aspirinas e Urubus, um filme que retrata o cotidiano dessa experiência, os encontros com outros viajantes, as conversas, os perigos, as ameaças e, finalmente, a construção de uma amizade entre pessoas de culturas tão diferentes.... LEIA MAIS.



SITE OFICIAL DO FILME

Crítica:
"Cinema, Aspirinas e Urubus" do pernambucano Marcelo Gomes não reflete quase nenhuma fragilidade de um primeiro filme. A pequena e bem delineada história de dois caras que se encontram no sertão nordestino em 1942, o alemão Johann (Peter Ketnath) e o sertanejo Ranulpho (João Miguel, sem dúvida uma revelação), é tudo aquilo que o cinema brasileiro deveria ser no momento. O roteiro ( quantas vezes em dezenas de discussões aponta-se o problema dos roteiros nos filmes nacionais) é bem amarrado, os diálogos são bons (não se tem aquela sensação de artificialidade, na qual os atores muitas vezes dizem de maneira dura, frases que deveriam ser digeridas e não indigestas). As interpretações dos atores estão acima da expectativa, em certos momentos chegam a ser genial; a fotografia é impecável, os planos são bem recortados. E um desafio maior: é um filme de época! Mas em nenhum momento, você se lembra disto ou encontra falhas na direção de arte ou na continüidade. Ou seja, ufa! Você pode assistir ao filme tranqüilo, sem ter aquela velha e péssima expectativa de que vai, ainda hoje em 2005, encontrar mais problemas do que qualidades num filme de ficção brasileiro.... LEIA MAIS

Proibido Proibir


PROIBIDO PROIBIR conta a história de Paulo (Caio Blat), que estuda medicina, Leon (Alexandre Rodrigues), estudante de sociologia e melhor amigo de Paulo, com quem divide uma quitinete perto da Universidade e Letícia (Maria Flor) estudante de arquitetura.
Paulo e Letícia se apaixonam, mas a jovem namora Leon, por esta razão o triângulo não se realiza, provocando tensão no grupo.
Através de Paulo, Leon e Leticia conhecem Rosalina (Edyr Duqui), paciente terminal no Hospital Universitário. Ao tentar aproxima-la de seus filhos, que não a visitam faz tempo, os jovens acabam confrontando-se com a violência da cidade.
Leon é ferido num tiroteio ao tentar salvar Cacauzinho, um dos filhos de Rosalina de 13 anos. Ele está sendo perseguido por matadores profissionais, também policiais, por ter testemunhado o assassinato do seu irmão, vendedor ambulante.
Letícia resgata Leon num subúrbio da cidade. Para salva-lo, Paulo tem que operá-lo em casa com a ajuda dela.
A trágica experiência solidifica o amor de Paulo e Letícia e a amizade fraterna que une o trio


Quarta B


Conta a história de um colégio, que encontra maconha na saula de aula da quarta série.
Pata resolver a situação, marca uma reunião com os pais e a discussão começa.
Filme muito interessante, de baixo orçamento mas bem montado e com um toque picante pela maconha no contexto.
Mais um filme do cinema digital brasileiro.




Leia crítica:

Pais doentes, cinema órfão

Faltam, decididamente, pais para esses cineastas orgulhosamente egressos da publicidade no Brasil. Aprenderam tudo, aparentemente: no fazer "diário", na labuta dos planos e enquadramentos rápidos, cheios de cor e pragmáticos, afinal, o bicho come. Aprenderam, em suma, amparados quase por uma orfandade de estilo, uma orfandade que, para se adequar ao mundo profissional, converteu-se em extraexpressividade. Expressão de tudo, de forma sensacional, anabolizada, e, mais do que tudo, eficientista e atualista. É o mito do jovem que teve que se sair de casa e aprender tudo sozinho, para sobreviver e amansar o mundo prático, e depois ganhá-lo, muito cedo – mas sem o forro de um legado de referências sólido, apenas casuais, provisórias. Por conta dessa sua relação com o pacto de trabalho e social, quando emergem no cinema de fato, esses diretores parecem obsessivos pela lógica comportamental do público consumidor que, durante anos, por meio de planilhas e amadurecimento da própria experiência de trabalho, aprenderam a mirar. E continuam sem pais....